PGR arquiva fraude bilionária no INSS, mas mantém denúncia contra Bolsonaro por “golpe sem armas”
A recente atuação da Procuradoria-Geral da República (PGR) voltou a gerar polêmica no cenário político nacional. Isso porque, na mesma semana em que arquivou uma investigação que apurava fraudes no INSS — com um prejuízo estimado em R$ 6 bilhões — envolvendo o ministro da Previdência, Carlos Lupi, a PGR também sinalizou que irá pedir a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por um suposto plano de golpe de Estado.
O caso da Previdência, revelado pela Gazeta do Povo em 11 de julho, foi encerrado sem responsabilização do ministro Lupi. Mesmo diante do escândalo financeiro que atingiu diretamente o INSS, o órgão entendeu que não havia elementos suficientes para avançar com as acusações.
Por outro lado, a Procuradoria segue firme na tentativa de responsabilizar Bolsonaro pelo que classificam como tentativa de golpe, mesmo sem armas, como lembrou a Revista Oeste. A equipe do procurador Paulo Gonet considera que as alegações de uma possível interferência ou alinhamento com Donald Trump não devem impedir o andamento do processo.
O deputado federal Mario Frias (PL-SP) criticou a postura da PGR, apontando para um suposto tratamento desigual entre os casos. "Fraude bilionária é arquivada, mas Bolsonaro continua sendo perseguido por um golpe que nunca existiu e que sequer envolvia armas", disse Frias em publicação nas redes sociais.
As decisões reforçam o debate sobre a imparcialidade das instituições brasileiras e o tratamento seletivo de figuras políticas. A oposição já promete contestar o arquivamento e intensificar a cobrança por justiça equilibrada para todos.
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